domingo, 16 de novembro de 2014

FARMACOLOGIA VII

2.1.2 Via retal (per rectum, PR)
 
As indicações para a utilização dessa via de administração relativamente impopular e desconfortável incluem o estado de inconsciência, náuseas e vômitos, estados febris e convulsivos, e outras situações em que há o perigo de aspiração ou quando a administração oral é considerada indesejável por causa de irritação gástrica, disfagia e outros problemas clínicos. A droga ativa é formulada dentro de um supositório retal ou pode estar disponível na forma de enema retal.
 
A superfície de absorção do reto é pequena por causa da ausência de vilosidades intestinais, o que explica a taxa lenta de absorção retal. Anatomicamente, o sangue venoso da porção distal do reto  é drenado pelas veias retais inferior e média, enquanto o sangue do reto proximal é drenado para o sistema porta hepática por meio da veia retal superior. As veias retais inferior e media, entretanto, desembocam diretamente na veia cava inferior, por meio da veia hipogástrica, efetivamente desviando o sistema porta hepático. A existência de uma rica anastomose, entre as três veias retais,  produzindo uma importante área de anastomose porto-cava, tem significância clínica.
 
O diazepam e o metronidazol são particularmente bem absorvido pela mucosa retal. Muitas drogas antipiréticas, anti-inflamatórias, antieméticas e anticonvulsivantes, e também o broncodilatador não seletivo aminofilina, encontram-se disponíveis na forma de supositórios retais. Supositórios devem ser cuidadosamente inseridos na porção distal do reto, logo acima do esfíncter anal interno e do anel anorretal.