quinta-feira, 31 de julho de 2014

DOENÇA DE PARKINSON

 
Esta doença é uma síndrome extrapiramidal, que é um conjunto de sintomas e sinais, como por exemplos:
 
Tremores, Rigidez, Bradicinesia (Lentificação de movimentos ), Acinesia (Dificuldade para iniciar movimentos), Postura característica encurvada. A Doença de Parkinson (DP), atingem mais o sexo masculino dos 50 a 65 anos.
 
Quando se torna uma doença hereditária, os sintomas e sinais aparecem nos adultos jovens abaixo dos 45 anos.
 
Esta doença tem características especificas como Tremores de repouso, Rigidez da musculatura esquelética, Perda do reflexo postural e Hipocinesia. Nós temos também a Marcha característica, Alterações da mimica facial, Humor, Calegrafia, Voz.
 
Uma das formas de tratamento é a forma terapêutica. Podendo ter tratamento tanto terapêutico quando farmacológico, sendo assim estes dois tratamentos terão que ser aplicados concominantes para ter efeito desejável.
O tratamento terapêutico, serve para o controle dos sinais e sintomas para que o paciente seja inserido no meio em que vive. Para dar uma qualidade de vida melhor ou uma sobrevida ao paciente, mesmo sabendo que a DP é irreversível.
O tratamento farmacológico, esta sendo estudado a profunda para ter um equilíbrio entre as concentrações colinérgicas e dopaminérgicas.
A DP, é caraterizada por uma diminuição na concentração da dopamina dentro dos núcleos extrapiramidais, que controlam a movimentação normal da musculatura esquelética. A acetilcolina, o outro transmissor importante encontrado no sistema extrapiramidal, mostra então, um aumento relativo, o que implica que uma quebra do equilíbrio normal entre a dopamina e a acetilcolina aconteça.  
Esse desequilíbrio produz a rigidez característica da musculatura esquelética, tremores musculares rítmicos, postura inclinada, expressão facial típica como uma máscara e outros sinais dessa condição neurológica debilitante.
 
O tratamento com drogas pode ser direcionado ao controle de déficit de dopamina, do excesso relativo de acetilcolina e dos tremores musculares. A própria dopamina é incapaz de atravessar a barreira hematoencefálica. A Levodopa (L-dopa), um precursor da dopamina, é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica por meio de um mecanismo de transporte ativo. Isso implica uma saturação da captação de L-dopa pelo Sistema Nervoso Central (SNC).
 
A L-dopa é convertida em dopamina pela enzima dopa-descarboxilase, como essa enzima é encontrada tanto perifericamente quanto centralmente, a L-dopa é combinada com um inibidor da dopa-descarboxilação periférica.
 
A carbidopa é uma benserazida são exemplos dessa combinação de drogas. Esses inibidores de enzimas não atravessam a barreira hematoencefálica. Pacientes que tomam essas drogas não podem receber qualquer suplemento de vitamina B6, já que essa vitamina age como uma co-enzima para a dopa-descarboxilase.
 
A bromocriptina, a pergolida e o pramipexol são agonistas dos receptores da dopamina. A selegilina inibe a isozima monoamina oxidase (MAO-B) para efetivamente evitar a quebra enzimática da dopamina.
 
Porque a MAO-A é responsável pela quebra de tiramina, esse inibidor reversível da MAO-B não interage com alimentos contendo tiramina. A tolcapona inibe a enzima catecol o-metiltransferase (COMT), portanto, também protege a dopmina.
 
Uma adição interessante ao arranjo de drogas utilizado no controle da DP é a droga antiviral amantadina, que melhora a conformação receptor D, permitindo que o neurotransmissor atinja um melhor encaixe em seu receptor. Ela também pode facilitar a liberação da dopamina a partir de seus terminais nervosos.
 
Os anti-histamínicos do tipo mais antigo, como a orfenadrina e o biperideno, com efeitos bloqueadores multipotentes (isto é, incluindo efeitos antimuscarínicos), podem ser usados para controlar problemas clínicos causadores pelo aumento relativo da acetilcolina.
 
Os tremores da musculatura esquelética podem ser controlados por meio do uso de bloqueadores não seletivos de receptores B.
 
O Parkinsonismo também pode ser induzidos por drogas nos casos em que os antagonistas competitivos dos receptores D nos núcleos extrapiramidais são administrados. As drogas antimuscariniscos mencionadas podem desencadear alguns dos assim chamados efeitos colaterais extrapiramidais (de certas drogas psicotrópicas).
 
Com base na fisiopatologia, é a perda de neurônios dopaminérgicos na substância nigra. Podemos diagnosticar a DP pelos critérios clínicos, exames físicos minuciosos e numa história cuidadosa. Os sinais e sintomas restringe em seis sintomas e sinais:
 
Tremor, Rigidez, Anomalias posturais, Bradicinesia, Perda dos reflexos, Congelamento.
 
A DP acontece no tronco encefálico baixo e no bulbo olfatório e afeta o sistema nigroestriatal. Os 40% dos pacientes que tem DP desenvolvem um transtorno do comportamento do sono (REM).
O paciente com DP tem a presença do Corpo de Lewy, inclusões citoplasmáticas basofílicas, presentes em determinados neurônios. Baseados em estudos de histopatologia descobriram que na DP  possuem Corpos de Lewy em tubos digestivos.
 
Para uma análise e diagnóstico mais preciso temos que seguir alguns critérios:
 
1. Combinação de pelo menos dois sintomas (incluindo distúrbios dos reflexos posturais)
2. Qualquer combinação de três dos quatro sintomas/sinais cardinais
 
Sintomas e sinais que auxiliam no diagnótico da Doença de Parkinson
 
1. Postura axial alterada
2. Postura em flexão
3. Micrografia
4. Distonia do pé e hálux
5. Amima (face em máscara)
6. Fala disártrica, hesitante ou com perda da tensão articulatória
7.Redução do piscamento e blefarospasmos
8. Dsitrofia do sono
9. Dsitrofia sexual
10. Dermatite seborreica
 
Com isto tudo, podemos compreender que a Doença de Parkinson é de sentido neurodegenerativo, isto é vai acabando com os neurônios pela falta de enzimas que ele necessita e não temos como reverter este caso, podemos dar uma sobrevida ao paciente, amenizando com fármacos e terapias contínuas.


sábado, 26 de julho de 2014

A ÉTICA DA GENÉTICA

Os temas a serem abordados neste livro estão abaixo:
 
 
Capitulo 01 - Paternidade ou o direito ou não saber
 
Capitulo 02 - Confidencialidade: Esses genes são meus
 
Capitulo 03 - Diagnóstico pré-natal ou o que você vai ser quando crescer
 
Capitulo 04 - Gêmeos, Trigêmeos e até mais
 
Capitulo 05 - Menino ou Menina: O que você faria se pudesse escolher o sexo do bebê?
 
Capitulo 06 - Embriões salvadores ou o motivo pelo qual eu nasci
 
Capitulo 07 - Projeto Genoma ou o que esperar de nossos genes
 
Capitulo 08 - Loira ou Morena, Alta ou Baixa, Atleta ou Cientista os genes fúteis
 
Capitulo 09 - Pesquisas com células-tronco e um alerta sobre o mercado paralelo
 
Capitulo 10 - Banco de cordão umbilical para todos ou só para você?
 
Capitulo 11 - Teste de DNA na farmácia ou com aconselhamento?
 
Capitulo 12 - Banco de DNA ou a história particular ao alcance dos outros
 
Capitulo 13 - Clonagem ou o que nos reserva no futuro
 
 
SINOPSE
 
Este livro põe em discussões vários fatores e lança a pergunta ao leitor.
O livro se trata da vivência da autora Mayana Zatz que criou o programa do Genoma Humano, para estudar o código genético e o tratamento das doenças neuromusculares e neurodegenerativas, lançando ao decorrer dos capítulos perguntas que ficam no ar para refletirmos.
Mayana Zatz descreve sua vivência passo a passo dentro do instituto, relatando casos de pacientes para deixar mais claro aos leitores. Mostrando os avanços científicos permitindo o conhecimento do genoma humano e o desenvolvimento de novas técnicas: reprodução assistida, diagnóstico pré natal, diagnóstico pré-implantação, seleção de embriões, células-tronco, clonagem, terapia gênica, manipulação de genes.
Isto foi criado para que as pessoas conheçam e saibam que tem paliativos e soluções  para algumas doenças. No século XXI  a genética já esta revolucionando a medicina, que já pode ser diagnosticado a doença precocemente.
Este projeto foi mais desenvolvido para as doenças neurodegenerativas, neuromusculares, mutações genéticas, possibilitando a escolha e possibilitando também se o casal quer ou não ter um bebê com estas mutações genéticas. Com isto já podemos nos perguntar se temos o poder de interferir ou interromper uma gestação?
 Mas Mayana Zatz continuou suas pesquisas científicas.
Na década de 1970, ela conheceu uma moça no aconselhamento genético que na sua família que tinha casos de Distrofia de Duchenne (perda progressiva da musculaturas), que é uma doença degenerativa da musculatura letal.
Este serviço foi consagrado como aconselhamento genético no Instituto Genoma. Mayana Zatz voltando de seu pós doutorado nos Estados Unidos em 1978 iniciou um laboratório independente com dua alunas, que hoje elas são professoras na USP,  as pesquisas avançaram.
Com isto, poderíamos  ir mais além, estudando as proteínas musculares que eram responsáveis por aquelas doenças.
Ela também começou a visitar os pacientes afetados e descobriu que nasceram poucas crianças afetadas. Porque é super importante a visitação após o aconselhamento genético para dar uma assistência as famílias.
Em 1981, fundou a Associação Brasileira de Distrofia Muscular, esta associação se dedicavam para as vidas dos pacientes de Distrofia de Duchenne (dificilmente passava dos 20 anos), mas com o tempo foi se prolongando ate os 40 ano, então foram eles pesquisar e entrevistar estes pacientes.
E perceberam que 80% dos pacientes eram felizes mesmo sendo cadeirantes e total dependentes de outra pessoa.
Depois disto começaram as pesquisas em cima destas pessoas com estas distrofias, para ver se elas fossem gerar filhos com a mesma distrofia ou gerar filhos saudáveis. Olhando para esta porcentagem de 80% de pacientes com estas limitações e mesmo assim sendo felizes, será que nós não reclamamos da vida sem ter motivos?
Em 2000 inauguramos o Centro de Estudos do Genoma Humano, até hoje já atendemos mais de 50 mil famílias. Hoje já pode ser detectado algumas doenças como anemia falciforme, fibrose cística entre outras pelo exame do pezinho.
Sabendo que no aconselhamento genético independente do resultado é estritamente confidencial é só contado para o casal interessado, não se pode emitir nenhuma opinião por questões éticas. O que você faria? Daria com a língua nos dentes?
Este programa não foi criado por questões fúteis, como por exemplo: cor de olhos, cor de cabelo, inteligência, habilidades chamados de genes fúteis. Mas sim para ajudar e detectar doenças e mutações genéticas.