domingo, 12 de abril de 2015

FARMACOLOGIA IV

4.1 Aspectos da Transmissão de Impulsos Nervoso Eferentes


Neurônios eferentes fazem sinapses um com o outro (dentro do sistema nervoso) ou com suas células efetoras (fora do sistema nervoso). Os neurônios geram e transmitem impulsos elétricos para transportar as "mensagens" até suas áreas-alvo. Entretanto, já que os bulbos terminais dos axônios não estão em contato direto com os dendritos dos neurônios adjacentes ou com células efetoras (como fibras musculares e células de tecidos glandulares) mensageiros químicos são usados para transportar as "mensagens" que esses impulsos elétricos contêm através das fendas sinápticas, que são os intervalos que existem entre os bulbos terminais dos axônios e suas superfícies efetoras dos neurônios. (Esses intervalos são também denominados simplesmente de áreas efetoras). No caso dos neurônios motores do sistema nervoso somático, as sinapses entre os bulbos terminais dos axônios e as membranas plasmáticas das fibras musculares estriadas são chamadas de junções neuromusculares (ou placas motoras).
Os mensageiros químicos usados para transportar mensagens através das fendas sinápticas são chamados de neurotransmissores (ligantes que têm uma imensa importância farmacológica). Portanto, diz-se que a transmissão de impulsos é quimicamente mediada. A transmissão sempre acontece em uma única direção, de um neurônio pré-sináptico (antes da sinapse). O neurotransmissor, quando é liberado, interage com os sítios de ligação dos receptores. Isso permite que a transdução de sinal e a subsequentes respostas celulares aconteçam.
As substâncias neurotransmissoras são armazenadas nas vesículas sinápticas que estão contidas dentro das extremidades terminais dos neurônios. Essas vesículas liberam seus mensageiros químicos para a fenda sináptica por meio do processo do exocitose (fusão da vesícula de armazenamento com a membrana plasmática no bulbo terminal, com subsequente ruptura e descarga de seu conteúdo). Os neurotransmissores são sintetizados no corpo neuronal (mais frequentemente) ou dentro do próprio bulbo.
Uma vez que o neurotransmissor tenha sido liberado e sua mensagem transmitida, a ação é terminada por meio de sua quebra enzimática na fenda sináptica ou no axônio terminal. As enzimas em questão são específicas para certos neurotransmissores (ou grupos de neurotransmissores que são estruturalmente semelhantes) e estão presentes em suas fendas sinápticas. A acetilcolinesterase é a enzima que inativa a acetilcolina (ACh), por exemplo. Por outro lado, Por outro lado, duas enzimas diferentes inativam a noradrenalina (NA), por exemplo. Por outro lado, duas enzimas diferentes inativam a noradrenalina: a monoaminoxidase (MAO) e a catecol-O-metiltransferase (COMT). Os produtos metabólicos da quebra enzimática (uma forma de biotransformação) são levados de volta aos bulbos terminais dos axônios. por meio de transporte ativo de bombas de membrana, para serem usados novamente na síntese da substância neurotransmissora em questão.  A reabsorção de moléculas de neurotransmissores não usadas e não modificadas para dentro do bulbo terminal também acontece.
Depois de ativados, os assim chamados receptores pré-sinápticos que estão presentes nas membranas neuronais pré-sinápticas agem como um mecanismo de feedback negativo para futuras liberações de neurotransmissores. Isso serve para parar a liberação excessiva de substâncias neurotransmissoras a partir de suas vesículas de armazenamento. Considere-se o exemplo da liberação da noradrenalina de suas vesículas de armazenamento que é discutida nos próximos capítulos.

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