A doença de Huntington é um distúrbio hereditário e degenerativo, causando problemas motores e mentais por situações genéticas. Uma das principais características é a coreia (movimentos involuntários em que acontecem contrações musculares irregulares).
Este sintoma está presente em mais de 90% dos pacientes com esta doença, também apresentando emagrecimento e envelhecimento precoce.
DH é uma doença neurodegenerativa, autossômica dominante e também descrita como coreia de Huntington.
Em 1993 foi descoberta a mutação genética pelo grupo Hereditary Disease Foundation, na expansão instável do tripleto CAG (citosina - adenina - guanina) numa região específica chamada exão 1 do gene HD, também chamado de gene IT15. Este gene codifica a proteína huntingtina.
Esta proteína é produzida em toda a nossa existência, mas a morte celular acontece em áreas específicas como no córtex e no estriado.
Esta doença aparece na fase adulta, dos 35 aos 50 anos de idade, ela progredindo, se torna fatal, 15 a 20 anos, do aparecimento da doença.
A DH afeta como já foi mencionado, o córtex e o estriado, mais especificamente a uma disfunção neural glutamatérgica e dopaminérgica, com interações com as vias cortico e nigro-estriatais. Ela está associada à disfunção de regiões não estriatais (córtex e substâncias nigra).
Alguns sinais encontrados no paciente de Doença de Huntington está descrito abaixo:
-Irritabilidade.
-Depressão.
-Alteração motora.
-Bradicinésia (lentidão dos movimentos).
-Rigidez severa.
-Demência.
-Tremores.
-Distonia.
-Ataques epiléticos.
-Caquexia (extrema magreza e mau estar grave).
-Distúrbio sexual.
-Apatia e entre outros.
Na neuropatologia, a DH é causada por uma atrofia gradual do estriado, mais especificamente pelo núcleo caudado e putamen.
Em 1985, Vonsattel criou uma escala que pode se basear nos padrões de degeneração estriatal, observado em tecido pós-morte.
Sabendo que a doença de DH é classificado em 5 graus, está relacionada ao grau, esta severidade neuropatológica. A quantidade de repetições de CAG e a escala de Vonsattel.
A atrofia estrital está também correlacionada com degenerações cerebrais no 1º e 2º grau, a estrutura não estriatal está preservada enquanto no 3º e 4º grau o córtex cerebral estaria afetada. O tamanho do cérebro diminui 40% nos casos severos da DH.
Os neurônios espinhosos médios são os afetados e se localizam no estriado, eles preenchem cerca de 95% aos neurônios estriatais. Os neurônios estriatais recebem projecções axonais de neurônios dopaminérgicos que partem da substancia nigra e de neurônios glutamatérgicos do córtex cerebral e talamo.
Na genética, a DH é ocasionada por repetições do tripleto CAG, que fica localizado perto do terminal 5 do exão 1 do gente HD. Este gene contém 67 exões, que se localiza no braço curto do cromossomo 4 na região D4S127 e D4S180. A huntingtina mutante possui uma cauda de resíduos de glutamina que ficam no terminal amínico NH2-.
Esta patologia é autossômica dominante. Ela se encaixa na teoria de hereditariedade me Mendel, também se tornando instável na meiose. Em raros casos, a transmissão se dá pela parte paterna. Com estudos, vimos que com 35 repetições do tripleto, o indivíduo ainda é assintomático, após 35 à 39 repetições, o indivíduo já começa a ter aparecimentos dos sintomas. E de 40 à 50 unidades, os alelos já se tornam adultos DH.
A huntingtina conduz a degeneração das células nos estriado, no córtex cerebral e em outras regiões. Esta huntingtina desregula completamente as funções metabólicas da célula levando a morte programada (Apoptose). Começa-se a morte celular, e uma das disfunções são as mitocondriais que são concentrações de Ca2+ (Calpainas) e com o processo dessa disfunção é induzido o processo apoptótico.
Foi constatado que a remoção cirúrgica do córtex, houve a diminuição dos níveis de glutamato no estriado. Isto prolonga a vida em ratinhos transgênicos e também em seres humanos.
A DH nas últimas décadas está sendo estudada mais profundamente pela comunidade cientifica. Mas ainda não tem uma precisão em questão dessa doença, só sabemos o que pode acontecer nos sintomas que será a disfunção mitocondrial, estresse oxidativo, apoptose e a alteração do processo autofágico, desempenham um papel crucial na disfunção e morte neurais nessa doença.
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