terça-feira, 23 de dezembro de 2014

FARMACOLOGIA II

2.5.2 A Taxa de biotransformação do fígado

A taxa de metabolismo hepático de uma droga é determinada pelo fluxo de sangue hepático e pela taxa de extração da droga. A taxa de extração é expressa como uma fração (isto é. De 0 a 1) e fornece uma indicação de quanto da droga será removido em uma única passagem pelo fígado (0 indica que nenhuma porção da droga é removida e 1 indica que a droga é completamente removida). A taxa de extração multiplicada pelo fluxo hepático é igual ao que pode ser chamado de “liberação hepática” da droga em questão. A lidocaína é um exemplo de uma droga com uma taxa de extração muito alta. Portanto, ela não pode ser administrada oralmente, porque o efeito de primeira passagem eliminaria toda a droga da corrente sanguínea. Outro exemplo é o trinitrato de glicerila, que deve ser administrado por via sublingual. A biodisponibilidade dessas drogas é extremamente baixa.

Drogas que exibem uma taxa de extração muito baixa incluindo a varfarina e a fenitoína, são biotransformadas a uma taxa muito mais baixa, já que o fígado possui uma menor capacidade para biotransformar essas drogas, comparada à sua capacidade para biotransformar aquelas com alta taxa de extração. Uma quantidade muito pequena da droga é removida numa única passagem pelo fígado.

Certas drogas podem agir como indutoras, outras como inibidoras das enzimas microssomais do fígado, o que implica que elas podem aumentar ou diminuir a taxa à qual substâncias, como outras drogas, são biotransformadas (e, portanto, expelidas) pelo fígado. Algumas interações entre esses indutores ou inibidores de enzimas importantes desses indutores e inibidores de enzimas.

Indutores:

- Barbitúricos

- Carbamazepina

- Griseofulvina

Inibidores:

- Cloranfenicol

- Cimetidina

- Ciprofloxacino

- Disulfiram

- Eritrominina

- Isoniazida

- Itraconazol

- Cetoconazol

- Metronidazol

Nenhum comentário:

Postar um comentário