A taxa de metabolismo hepático de
uma droga é determinada pelo fluxo de sangue hepático e pela taxa de extração
da droga. A taxa de extração é expressa como uma fração (isto é. De 0 a 1) e
fornece uma indicação de quanto da droga será removido em uma única passagem
pelo fígado (0 indica que nenhuma porção da droga é removida e 1 indica que a
droga é completamente removida). A taxa de extração multiplicada pelo fluxo
hepático é igual ao que pode ser chamado de “liberação hepática” da droga em
questão. A lidocaína é um exemplo de uma droga com uma taxa de extração muito
alta. Portanto, ela não pode ser administrada oralmente, porque o efeito de
primeira passagem eliminaria toda a droga da corrente sanguínea. Outro exemplo
é o trinitrato de glicerila, que deve ser administrado por via sublingual. A
biodisponibilidade dessas drogas é extremamente baixa.
Drogas que exibem uma taxa de
extração muito baixa incluindo a varfarina e a fenitoína, são biotransformadas
a uma taxa muito mais baixa, já que o fígado possui uma menor capacidade para
biotransformar essas drogas, comparada à sua capacidade para biotransformar
aquelas com alta taxa de extração. Uma quantidade muito pequena da droga é
removida numa única passagem pelo fígado.
Certas drogas podem agir como
indutoras, outras como inibidoras das enzimas microssomais do fígado, o que
implica que elas podem aumentar ou diminuir a taxa à qual substâncias, como
outras drogas, são biotransformadas (e, portanto, expelidas) pelo fígado.
Algumas interações entre esses indutores ou inibidores de enzimas importantes
desses indutores e inibidores de enzimas.
Indutores:
- Barbitúricos
- Carbamazepina
- Griseofulvina
Inibidores:
- Cloranfenicol
- Cimetidina
- Ciprofloxacino
- Disulfiram
- Eritrominina
- Isoniazida
- Itraconazol
- Cetoconazol
- Metronidazol
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