terça-feira, 23 de dezembro de 2014

SINDROME DE BELL (PB)

 
Em 1821, foi descrito por Sir. Charles Bell a Paralisia de Bell. Acontece no sétimo par craniano (nervo facial), sem causa detectável. Esta paralisia corresponde de 60% à 75% das paralisias faciais.
Temos incidências nos EUA, Espanha. Afetam ambos os sexos, mas a maior incidência acomete mulheres grávidas. Quanto maior a faixa etária, maior a incidência de PB, menor acometimento de pessoas menores de 10 anos.
Quando esta síndrome acontece, ela já aparece como uma paralisia facial súbita. Ela dá uma dor retroauricular necessitando de analgesia, geralmente a dor ou desconforto aparece de dois a três dias antes. Com isto, alguns sinais e sintomas começam aparecer, a ausência de lágrima, deficiência gustativa são sintomas que pode aparecer por uma disfunção parassimpática por lesões dos nervos intermédios de Wrisberg.
A ação das fibras pré ganglionares parassimpáticas se projetam para os gânglios submandibular e depois volta para o lugar, eles se conectam ao nervo petroso maior superficial causando um lacrimejamento após a salivação em excesso que podemos chamar de Síndrome da Lágrima de Crocodilo.
 Síndrome da Lágrima de Crocodilo acomete 70% dos pacientes.
Hipercusia, é a paralisia do músculo estapédio. Que é responsável pela movimentação do estribo. Com tudo isto a pessoa tem uma ausência do reflexo estapediana. Temos a paralisia facial central que causa lesão acima do nervo facial que atinge a hemiface inferior.
Então ele causa lesão acima do núcleo do nervo facial atingindo a hemiface inferior.
O núcleo facial recebe fibras corticonucleares dos dois hemisférios.

Paralisia facial periférico, acomete os músculos faciais pela lesão dos nervos faciais, está paralisia acontece em todo hemisfério.
 
Paralisia facial central, tem um comprometimento do hemisfério inferior da face.
Antes a PB poderia estar associado a miasterina gravis, mas ao longo do tempo foi descartado esta hipótese. Pacientes com Guillain-Barré pode apresentar paralisia facial bilateral, mas poucos desenvolvem paralisia nas extremidades.
Um exame muito usual na PB é a ressonância nuclear magnética de encéfalo, que deixa visualizar os nervos faciais e funções dos gânglios geniculados, porções timpânicas e mastoidea.
Kress e colaboradores, com estudos demonstraram que não há uma recuperação completa da função do nervo facial.
A ressonância nuclear magnética de encéfalo, confirma o diagnóstico de outras coisas para a paralisia periférica que é a lesão pontinha central.
Eletromiografia também é utilizada para um prognóstico para a PB. Mas é indicado para pacientes que desenvolveram a paralisia facial  entre três dias à  duas semanas. Há uma melhora, mais não uma volta do funcionamento total dos nervos faciais.
50% dos pacientes apresentam boa recuperação da função. 
Em 1972, McCormick postulou que o Vírus Herpes Simples (VHS), estava associado com a PB. Este vírus se instala no gânglio geniculado do nervo facial, responsável pela paralisia bilateral e unilateral. Isto nesta época observaram a associação da paralisia com este vírus herpes simples por infecção oral.
Com estudos baseados em autópsia, foi visto que tinha a infecção latente pelo VHS no gânglio geniculado do nervo facial. Comprovado na maioria dos pacientes analisados.
Em estudos mais profundos como exames clínicos e laboratoriais, vimos que existem fatores que reativam este VHS nos gânglios geniculados, são eles:
- Distúrbios de humor
- Estresse
- Exposição ao frio
- Trauma local, entre outros
Ding e colaboradores, fizeram experimentos em coelhos, os meios externos que colaboram para que haja a paralisia facial. O congelamento da pele, vasos sanguíneos, nervos faciais, ossos, cartilagens na região maxilar. Tudo isto foi feito para ver o quanto a vascularização era afetada nos coelhos. 
Schadel, com concluiu que a baixa temperatura não tem efeito sobrea função motora do nervo facial. Com isto foi provado que a paralisia é causado por bloqueio térmico de canais de sódio e potássio.
Hosomi, observou em 90% dos roedores submetidos a congelamento da membrana timpânica, que houve a melhora após 35 dias.
Zealear, apresentou resultados contrários a Hosomi.
Campbell e Brundage, estudaram as influências do efeito do clima, latitude na PB nos militares norte-americanos. Eles analisaram 1181 casos, em climas áridos e exposição ao frio e viram que estes climas podem influenciar a PB. O clima árido dos meses de inverno causa um trauma na mucosa da nasofaringe que pode reativar o VHS.
Diego e colaboradores, observaram que a incidência de PB foi menor durante o verão.
TRATAMENTOS
Tendo todos os dados colhidos dos estudos feitos com todos os indivíduos analisados, tiveram melhoras significativas mediante de todas as situações adversas.
Em questões de valores, umas porcentagens significativas dos pacientes tiveram melhoras e estas melhoras tiveram uma persistência dos resultados desejados. Os pacientes que demoraram mais, teve 58% no período de 2 meses a melhora. Existiram 30% deles tiveram não uma melhora total, ficando sequelas, tais como, dor facial, problemas psicológicos.
Neurologistas escoceses, afirmaram que prescrevem corticosteroide em até 24 horas do início do sintoma.
- 62% dos neurologistas medicam em até 3 dias.
- 28% dos neurologistas medicam em até 7 dias.
Apenas 20% deles prescrevem aciclovir para todos os seus pacientes com PB.

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